'não me torture, não simule, não me cure de você. deixa o amanhã dizer.'
quinta-feira, 29 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
uma pausa de mil compassos
hoje penso que não te conheço mais. e que isso significa te sentir morrer. e o que é pior: na sua presença.
hoje eu gostaria de nunca mais te ver.
(eu sinto vontade de pedir de volta tudo de mim que ficou em você.)
hoje eu gostaria de nunca mais te ver.
(eu sinto vontade de pedir de volta tudo de mim que ficou em você.)
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sábado, 24 de julho de 2010
mulheres
'suas mulheres, essas mulheres de dentro de você são... são lindas.'
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quinta-feira, 22 de julho de 2010
diário de ensaios #7
no nosso último dia antes de um breve intervalo, a obsessão patológica (patológica?) do Decálogo VI (Não Cometerás Adultério, ou, posteriormente, Não Amarás), com suas intrincadas e complexas redes de castração, desamparo, ilusão e culpa, muita culpa.
*
depois, cenas.
Mayara nos trouxe ação e personagem e fabulações sobre doces e amor e espera (e amores doces, ou docemente amargos?).
e duas músicas: You Make My Dreams
e Here Comes Your Man
Victor nos deu imagens (de cortar os pulsos): sua mão tatuata na minha pele e sentimentos que ganham vida própria, escorrem (e derretem-se?) como gelo, furtivos e fugazes (no assoalho da sala). será que eu sei dançar tão devagar pra te acompanhar?
Dois Pra Lá e Dois Pra Cá...
Kauê construiu relações: frágeis, divertidas e assustadoras como bexigas. maleáveis. vermelhas.
(com Joga, paisagens emocionais e estados de emergência.)
depois, descascou-se.
e para terminar, dividiu textos seus:
Eu ainda penso em você. Por mais que eu finja, fuja e fale que não, ainda tem um pouquinho de você na mesa do café, naquele copo que você gostava, sabe? Ainda tem um pouquinho de você na tela que eu pinto. No lado mais fundo do colchão, não que você seja gorda…. Ainda tem você. No sonho, no frio, no medo. No desejo. Tem você em cabelos no chão do meu banheiro. Tem você no barulho do chaveiro abrindo a porta. Tem você no cheiro da minha camisa. Tem gestos seus nos meus. No meu gosto. Na minha língua. Então se tiver desistido daquele sonho, se já viveu tudo o que queria, se já quebrou a cara, chorou, amou, se já se deu descobriu o que você tá procurando, enfim, se já estiver pronta, por favor me procure, assim rapidinho, só pra eu ter certeza que aquela que deixou os cabelos no meu travesseiro já não é a mesma, que aquela que deixou os cabelos talvez tenha sido inventada por mim e que talvez nunca tenha existido. Me procure, pra que eu possa também ser outro.
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diário de ensaios #6
terça, a compulsividade e violência de Nome Próprio, com invenção de personagem (e personalidade), escolhas que são álibis, o sujeito fraturado e do qual a entrega absoluta de Leandra Leal é a melhor sensação a se reter.
"ninguém vive a paixão impunemente"
teve também o delicioso choque de gerações de Pauline na Praia, toda a argúcia Rohmeriana organizada em torno de erros dignos de uma 'comédia de portas'. e uma personagem ensurdecedoramente lúcida do alto de seus 15 anos de idade:
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segunda-feira, 19 de julho de 2010
tentativas
você não ia cuidar do meu sofrimento (porque é tolice achar que você saberia como fazer isso) e eu não ia insistir em te ensinar o que eu achava que você precisava saber (por que como acessar esse coração trancafiado?). o amor que eu tenho por você é teu (seu idiota!). você não quis pegar os caminhos dos mapas que eu te mostrei (o jardim vai morrer, você não vê? e ele é tão bonito...) e então eu precisava ir embora (e te deixar sentado à beira do caminho, torcendo para que você sofra). isso era um adeus.
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sophie calle
"Sim, está fora de questão que nos encontremos. E você entenderá que eu queira estabelecer a maior distância possível entre mim e você. Não haveria razão para (re)iniciar o que somente seria uma prolongação de nossas despedidas."
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diário de ensaios #5
em lugar de Amor À Flor da Pele, Embriagado de Amor:
e, nele, a habilidade do roteiro de Paul Thomas Anderson, a meticulosa investigação fotográfica sobre fontes (e incidência) de luz, o uso superconsciente da trilha sonora, a lógica descomprometida que fomenta situações dramáticas surpreendentes e instigantes, personagens alentadores em seus extravasamentos tão humanos.
e "eu queria amassar sua cara com um martelo".
*
em Amores, a erupção de sinceridade emocional dos personagens e textos de Domingos Oliveira e o permanente entusiasmo de vê-lo em cena, banhado pelo humor cáustico, a tristeza feliz e a alegria triste, na busca de uma comédia romântica possível.
e, nele, a habilidade do roteiro de Paul Thomas Anderson, a meticulosa investigação fotográfica sobre fontes (e incidência) de luz, o uso superconsciente da trilha sonora, a lógica descomprometida que fomenta situações dramáticas surpreendentes e instigantes, personagens alentadores em seus extravasamentos tão humanos.
e "eu queria amassar sua cara com um martelo".
*
em Amores, a erupção de sinceridade emocional dos personagens e textos de Domingos Oliveira e o permanente entusiasmo de vê-lo em cena, banhado pelo humor cáustico, a tristeza feliz e a alegria triste, na busca de uma comédia romântica possível.
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quinta-feira, 15 de julho de 2010
felizes colaborações
com tão pouco tempo de vida, nosso twitter e nosso email já geraram prestativas e entusiasmadas respostas para nossa enquete:
"mande suas top 5 músicas para cortar os pulsos para musicaparacortarospulsos@gmail.com"
compartilhamos com muito prazer algumas das indicações que recebemos:
2 - Until the day I die - Story of the year
3 - Erros em Comum - Granada
4 - A Place to Remind - Rodrigo Del Arc
5 - Incerteza - Level Nine
2- The Postal Service - This Place is a Prison
3- Nirvana - Something in The Way
4- Alice in Chains - Down in a Hole (Unplugged MTV)
5- Smashing Pumpkins - Perfect
2- My Dying Bride - My body, a funeral
3- Archive - Again
4- Johnny Cash - Hurt
5- Radiohead - fake plastic trees
Girls Just Wanna Have Fun - Cyndi Lauper
Brain Damage - Pink Floyd
Sympathy for The Devil - Rolling Stones
Satellite Heart - Anya Marina
2) Molly´s Lips - do "The Vaselines" (banda preferida do Kurt Cobain)
3) Say Hello, Wave Goodbye - do "Soft Cell", faixa 10 do CD Non-Stop Erotic Cabaret
4) The Rollercoaster Ride - do "Belle & Sebastian", faixa 12 do CD The Boy with Arab Strap
5) Frou-Frou Foxes in Mindsummer Fires, do "Cocteau Twins" faixa5, lado B do vinil Heaven or las Vegas
Pedaço de Mim - Chico Buarque
Hours of Wealth - Opeth
Tears in Heaven - Eric Clapton
Me dê Motivo - Tim Maia
2. The Pains of Being Pure at Heart - Everything with you
3. Legião Urbana- Angra dos Reis
4. Iron Maiden - Wasting Love
5. Megadeth - In My Darkest Hour
ainda não ouvimos todas, mas certamente vamos!
e você, quer dizer quais as suas?
.
"mande suas top 5 músicas para cortar os pulsos para musicaparacortarospulsos@gmail.com"
compartilhamos com muito prazer algumas das indicações que recebemos:
- por Nathalia Cardoso:
2 - Until the day I die - Story of the year
3 - Erros em Comum - Granada
4 - A Place to Remind - Rodrigo Del Arc
5 - Incerteza - Level Nine
- por Roberto do Vale:
2- The Postal Service - This Place is a Prison
3- Nirvana - Something in The Way
4- Alice in Chains - Down in a Hole (Unplugged MTV)
5- Smashing Pumpkins - Perfect
- por Denise Pereira:
2- My Dying Bride - My body, a funeral
3- Archive - Again
4- Johnny Cash - Hurt
5- Radiohead - fake plastic trees
- por Beatrice Navas:
Girls Just Wanna Have Fun - Cyndi Lauper
Brain Damage - Pink Floyd
Sympathy for The Devil - Rolling Stones
Satellite Heart - Anya Marina
- por Luciano Peccerini:
2) Molly´s Lips - do "The Vaselines" (banda preferida do Kurt Cobain)
3) Say Hello, Wave Goodbye - do "Soft Cell", faixa 10 do CD Non-Stop Erotic Cabaret
4) The Rollercoaster Ride - do "Belle & Sebastian", faixa 12 do CD The Boy with Arab Strap
5) Frou-Frou Foxes in Mindsummer Fires, do "Cocteau Twins" faixa5, lado B do vinil Heaven or las Vegas
- por Leandro Matos:
Pedaço de Mim - Chico Buarque
Hours of Wealth - Opeth
Tears in Heaven - Eric Clapton
Me dê Motivo - Tim Maia
- por Luiz Oliveira:
2. The Pains of Being Pure at Heart - Everything with you
3. Legião Urbana- Angra dos Reis
4. Iron Maiden - Wasting Love
5. Megadeth - In My Darkest Hour
ainda não ouvimos todas, mas certamente vamos!
e você, quer dizer quais as suas?
.
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diário de ensaios #4
as questões rondando Conto de Verão são tantas e tão espirais (em suas profundidades e complexidades) que não conseguiríamos listá-las.
mas fica uma sensação: gostamos muito da Margot! (e, essa, desculpem, mas é preciso ver o filme para saber...)
além, é claro, de reafirmarmos o diretor Eric Rohmer como um grande mestre. grande, grande mestre.
*
amanhã, veremos Macbeth, no teatro (para beber em outro mestre).
*
e sábado voltamos aos filmes com a seguinte dobradinha:
mas fica uma sensação: gostamos muito da Margot! (e, essa, desculpem, mas é preciso ver o filme para saber...)
além, é claro, de reafirmarmos o diretor Eric Rohmer como um grande mestre. grande, grande mestre.
*
amanhã, veremos Macbeth, no teatro (para beber em outro mestre).
*
e sábado voltamos aos filmes com a seguinte dobradinha:
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quarta-feira, 14 de julho de 2010
diário de ensaios #3
depois das muitas delicadezas, do piano, da fotografia sutilmente bela, do comedimento estético encantador, dos pequenos movimentos mudos cheios de discurso e da "pureza" dos sentimentos de Passagem Azul, amanhã beberemos direto na fonte dos grandes mestres:
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terça-feira, 13 de julho de 2010
diário de ensaios #2
De Canções de Amor, entre tantas coisas que devem ficar (a fluidez dos sentimentos, amores e ações, a dissolução das barreiras de gênero sexual, as ambiguidades e indefinições, as problematizações da vida, a captura de uma juventude urbana esperta, sabida, multireferencial, pernóstica e arrogante mas no fundo frágil e suscetível) a música que talvez mais brilhe seja esse belo embate entre o entusiasmo e a desilusão:
e para amanhã, teremos no cardápio:
e para amanhã, teremos no cardápio:
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domingo, 11 de julho de 2010
diário de ensaios #1
em dois dias, os sentimentos que viraram blog começam pra valer a virar peça, com uma maratona de 10 filmes em duas semanas.
o que buscamos? inspiração, diálogo, imagens, movimentos, luzes, sombras, tons, nuances, sentimentos e música.
nosso começo é aqui:
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FICHA TÉCNICA
Sinopse
Em dez cenas curtas, as histórias amorosas de três jovens se desenrolam com a intensidade (e ao som) das músicas para cortar os pulsos. Isabela sofre porque foi abandonada, Felipe quer se apaixonar e Ricardo, seu amigo, está apaixonado por ele.
texto e direção:
Em dez cenas curtas, as histórias amorosas de três jovens se desenrolam com a intensidade (e ao som) das músicas para cortar os pulsos. Isabela sofre porque foi abandonada, Felipe quer se apaixonar e Ricardo, seu amigo, está apaixonado por ele.
texto e direção:
Rafael Gomes
ass. de direção e preparação de atores:
ass. de direção e preparação de atores:
Thiago Ledier
elenco(s):
elenco(s):
Kauê Telloli_Felipe
Fábio Lucindo _ Felipe
Mayara Constanino _ Isabela
Marisol Ribeiro_Isabela
Victor Mendes _ Ricardo
Victor Mendes _ Ricardo
Guilherme Gorski_Ricardo
cenografia:
cenografia:
André Cortez
iluminação:
Marisa Bentivegna
figurino:
operador de luz:
ass de produção:
produção executiva:
assessoria de imprensa:
figurino:
Anne Cerutti
Jean Marcel
Renato Franco
produção:
produção:
Euforia Produções
Substância Filmes e Outras Misturas
coordenação de produção:
Isabel Sachs
ass de produção:
Maíra Cessa
Julia Ribeiro
Cássia Sandoval
produção executiva:
Maíra Cessa
Diego Bechir
Maria Letícia Masiero
Paula Raia
design gráfico original:
design gráfico original:
Camila Sato
adaptações:
Leandro Machado
assessoria de imprensa:
Ofício das Letras
um espetáculo:
um espetáculo:
Empório de Teatro Sortido
texto de apresentação
Tudo começou no cinema. Porque “Música Para Cortar Os Pulsos” era um mote para um roteiro cinematográfico que não tinha forma e nem tinha exatamente substância, mas tinha um sentimento. Esse que é de se sentir sem muito pudor, que é de se expressar, que tende a ser hiperbólico mas que assim precisa ser para que exista e sobreviva. Esse que encontramos nas milhares, milhões de músicas que ouvimos ao longo da vida e que nos ensinam a ser, nos traduzem, nos embalam, nos fazem chorar, nos convulsionam, que são princípio e fim das nossas emoções. Trilha sonora para cenas que ainda não existem, aquela sensação tão viva de saber a canção precisa que deveria simplesmente irromper em nosso cotidiano, nos momentos certos.
Mas então tudo começou na música e em seus abstratos poderes mágicos. E das músicas surgiu um texto sem muito planejamento, texto tão escandalosamente confessional, sincero e derramado como só as canções – e o amor – sabem ser. E que agora ganha a cena.
Este espetáculo existe porque Thiago Ledier me desafiou a concebê-lo (e depois me ajudou a efetivamente criá-lo). Porque Vinicius Calderoni insistiu que deveria ser (e de tão presente, funda comigo a Companhia que essa peça inaugura). Porque Mayara Constantino esteve ao meu lado fazendo com que eu deixasse de ter medo (e deu a mim a condução dessa sua ‘estréia’ teatral). Porque Kauê Telloli e Victor Mendes são corações e almas tão pulsantes e inspiradoras (e juntos já jogamos num mesmo time, vencedor). Porque Isabel Sachs só faz as coisas com essa euforia apaixonada. E porque um dia eu senti um amor de cortar os pulsos. Mais de um. Todos nós.
E já que era para saltar nesse abismo de fazer teatro, achei que era prudente contar logo com os melhores pára quedas: André Cortez, Marisa Bentivegna e Anne Cerutti, que toparam a empreitada de peito aberto e acreditaram em aumentar as pequenas porém concretas pontes que já possuíamos entre nós.
Agora, se é pra saber onde tudo começou de verdade, então permita-me conduzi-los de volta a 1996 e a Maria Alice Vergueiro protagonizando “No Alvo”. Ali eu entendi que existia no teatro uma felicidade única. E que ela era contagiosa. A Maria eu dedico esse espetáculo.
E onde tudo termina? Não termina. Mas aqui, em vossas presenças, “Música Para Cortar Os Pulsos” consolida-se como um movimento. Que transborda para as esferas virtuais da comunicação, que é permanentemente sentimento e que num futuro breve culminará, enfim, em um filme.
Rafael Gomes - outubro de 2010
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