nos domingos à noite, as pequenas dores represadas pressionam com mais força a costura frágil que as retém.
na avenida movimentada, o cartaz do filme que eu carrego mostra um casal boiando (como se eu soubesse boiar...). Julian canta em meus ouvidos que há um momento em que todos falhamos e que alguns levam isso numa boa, outros descontam tudo em si mesmos.
por que ninguém tinha me avisado que era lua cheia? onde está Sinatra?
(voe-me para a lua e deixe-me cantar entre as estrelas...)
eu estou fingindo que tenho muita coragem. você percebe?
- ainda dá tempo de avisar que talvez eu descosture?
- uma cicatriz nas costas pode passar a vida sem ser vista.
- e se eu desabar em cima de você?
- mas e nas mãos?
- se você cair, eu te seguro.
- e fora do seu corpo?
se eu pergunto, alguém responde? você responde? o que eu digo te interessa?
- isso tudo é só desiludir-me na confirmação de que um ser não transpassa o outro como sombras que se trespassam?
- Sit me down, shut me up.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
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